Eu sei, eu sei, eu ando (rodo) meio sumido. Mas as justificativas são muitas, e todas plausíveis. Até porque, como dizia Gandhi, “se você puder culpar alguém por alguma coisa, faça exatamente isso”. Pra começar têm as calçadas. Talvez na intenção de solucionar o problema dos bueiros-bomba, agora está cheio de tapume espalhado pelas ruas. Em alguns casos eles até deixam espaço pra pedestres, mas pra cadeirantes... Outro dia tive que ir ao barbeiro. Já estava parecendo um lobisomem da meia noite e a Glorinha estava a ponto de me botar pra dormir na cadeira. Quase dei a volta no quarteirão pra entrar na galeria que é logo aqui do lado. Aliás, a outra calçada também estava interditada. Atravessei a rua pra tentar a sorte e aí fiquei pensando: e se ali também estivesse em obras, fazia o que? Não estava, deu tudo certo. Teve também que andou chovendo semana passada e cadeirante é igual a PM, quando chove some tudo. A internet aqui em casa está uma bela bosta. Não consigo acessar de jeito nenhum. Os caras da academia devem achar que eu sou maluco. Enchi o saco de meio mundo pra aceitarem minha matrícula e, quando consigo, desapareço. É que o meu ombro ainda está meia bomba. Mas nem tudo são misérias na minha vida. Comecei um curso muito bacana no Midrash Centro Cultural, por sinal um lugar totalmente acessível. Uma oficina de literatura com o Arnaldo Bloch, o que acaba tomando um pouco do meu tempo. Então é isso, escolham a desculpa, digo, justificativa que mais lhes aprouver e perdoem meu sumiço temporário. Prometo; compensá-los-ei (?) em breve com as histórias que for ouvindo por aí nesse período.
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