Voltei a estudar, já tinha dito? Pois é, voltei. Ainda estou apanhando um pouco pra administrar o tempo. Um pouco não, estou apanhando feio. O mais puxado na nova rotina é o trajeto de ida e volta até a faculdade. Pego o metrô e ainda o ônibus da integração na superfície. Nem preciso dizer que o trânsito é infernal. O trem no horário de pico também não fica muito atrás não. Os elevadores exclusivos são movimentados. Garotos indo e vindo da escola, senhores mal-humorados, senhoras sem o intestino grosso ("Meu filho, eu sou que nem pato, entendeu?"). Mas a ajuda vem de todo lado; normalmente sem avisar. Sabe aquele vão entre o trem e a plataforma que a voz no alto-falante vive avisando pra evitar? Um doce pra quem adivinhar onde enfiei as rodinhas da frente da bike. Outro dia quaaase virei com a cadeira dentro do vagão lotado. Não sei se eu que dei mole, se a mochila anda pesada demais ou se recebi algum auxílio afobado. Provavelmente, tudo isso junto. O que conforta é que circulando por aí a gente acaba conhecendo todo mundo. Nessa de se oferecer pra ajudar me apareceu certa tarde o Maninho. A roda da cadeira entrou numa de sair do eixo. Parei pra tentar consertar e vem o cara todo solícito. Sacou um martelo gigante de sua bolsa de ferramentas e começou a analisar a situação coçando a cabeça. Consegui me safar da marreta, mas ficou o contato. Desde então encontro com ele todos os dias que vou a rua. Virou amigo. E você, não está precisando de um faz tudo não?
"Aqui vamos contar as histórias que forem acontecendo (algumas são inacreditáveis), vamos dar dicas de locais com relação a acessibilidade, vamos elogiar e criticar, além de divulgar o que estiver acontecendo por aí. Então é isso: Acessível é diário, utilidade pública e entretenimento."
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Adoro suas postagens!
ResponderExcluirUm abraço!
Obrigado, Renata! Seja sempre bem vinda. Valeu.
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