segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Para não dizer que não falei de rampas

Tem muita rampa por aí que é íngreme demais. Outras são feitas com material inadequado. Algumas são inacreditavelmente compridas. Já topei com várias delas que são tudo isso junto. Agora, com degrau é sacanagem. Imagina a situação: o cadeirante faz um esforço do cão para subir uma rampa e quando termina dá de cara com um degrau. Aí faz o quê? Trava a cadeira e decide se vai descer ou contar com a boa vontade de algum passante. Queria entender o que passa pela cabeça de quem constrói um troço desses. Deve achar que se o cara está numa cadeira de rodas, necessariamente tem que ter alguém tocando a cadeira para ele. O conceito de acessibilidade está ligado ao de inclusão. O cadeirante deveria poder circular sem precisar de auxílio. Você pode até dizer que sempre vai ter alguém para ajudar, para dar uma força. Só que o meu direito não passa pelo favor dos outros. Tem também que nem é seguro depender de terceiros. Às vezes quem ajuda acha que vai aguentar o peso, que sabe como ajudar... As rampas auxiliam não só os cadeirantes, mas os idosos, as gestantes, as mamães, papais e babás com seus carrinhos de bebê, os obesos, o craque da pelada que torceu o tornozelo, enfim, todo mundo, mais cedo ou mais tarde, vai se beneficiar com uma sociedade mais inclusiva. A rua é para todos.
Em tempo: as rampas devem ter superfície antiderrapante e a relação indicada é para cada 2,5 cm de altura, 30 cm de comprimento.

Um comentário:

  1. Prezado Carlos Eduardo, com relação ao degrau na entrada da Juba Luca, o que há na verdade é uma elevação de 4cm, da calçada para a soleira, para que a água da chuva não invada a loja. Quanto ao interior da loja, o espaço foi pensado e organizado para que cadeirantes e mães com carrinhos de bebê pudessem circular livremente. Uma rampa esteva em nossos planos, mas a loja fechará em abril. Obrigado pela visita e pela crítica (é sempre válido). ATT, Juba Luca.

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