quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Das pedras portuguesas e o fluxo migratório

Tem uma coisa que eu não consigo entender de jeito nenhum, por mais que eu tente: por que se usa tanta pedra portuguesa nessa cidade? Quem é que decide isso? Deve haver vantagens sobre outros materiais, só pode haver. Eu é que não consigo alcançar quais seriam. Assumo total ignorância no assunto, mas, como interessado, vou dar aqui meus palpites para ver se a coisa fica mais clara. Sei que dificilmente você algum dia parou para pensar no assunto, mas me acompanha aqui. Deve dar um trabalho do cão prender cada pedra dessas, uma por uma. Posição ingrata, sol quente, verão... Duvido que é a opção mais barata para pavimentação de vias. Rapidinho a calçada fica toda irregular. É buraco, sobressalto, sujeira... Se fosse para funcionar, a manutenção teria que ser feita quase que diariamente. Inviável. Choveu, já era. Fica escorregadia. Ainda tem o seguinte: vai dizer que não é feia a tal da pedra? Vamos combinar um lance? Deixa o calçadão de Copacabana que já está muito bom. No resto eu voto pela substituição, troca tudo. E o pior é que eu li outro dia nem sei onde que viriam técnicos portugueses para ensinar o ofício a artesãos brasileiros, que por sua vez repassariam o conhecimento para mais e mais artesãos. Intercâmbio infeliz. Em nome dos cadeirantes, idosos (e seus acompanhantes), crianças (e suas babás) ou mesmo daqueles que, de repente voltando da praia, já deram uma topada num buraco de calçada desses aí da vida, digam não à pedra portuguesa. Cada um mandando um email para a Secretaria Municipal de Obras Públicas e acho que os patrícios vão ficar em Portugal mesmo e a gente consegue evitar essa consequência nefasta da globalização.

2 comentários:

  1. Meu querido amigo, esta é uma herança tão nefasta quanto as amendoeiras, figueiras e tantas outras árvores, de preferência exóticas, que foram introduzidas na arborização urbana desta cidade. Árvores belas, sim. Mas com raízes tão agressivas que causam mais danos do que os bens advindos da mais bela floração, ou da mais tenra sombra, ou embriagante perfume possam suplantar. Falo com conhecimento de causa também. A minha profissão deveria supostamente corrigir este tipo de "equívoco" que herdamos. Pode ter certeza que entendo e sou muito solidária a você.

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  2. "Diante da dificuldade, se você estiver para desanimar, aqueça os sentidos, revigore a fé, e ouvirá a voz da consciência Dizer: " Persevere e vencerá ". (Renato Kehl) (Bob Marley)

    Torço muito por você e saiba que sempre estarei aqui se precisar e quando tiver a fim de rever os amigos me liga.

    Beijos
    Fabiana

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