Dia Mundial dos Direitos do Consumidor é para parar e pensar se estão te tratando bem por aí. Estava folheando a Veja Rio dessa semana e deparei com a seguinte chamada: "Restaurantes investem em reciclagem, economia de energia e acesso para deficientes, entre outras medidas consideradas ecologicamente corretas". Espera aí, acesso para deficiente é questão de ecologia? Ganhou minha atenção, agora eu vou ler essa matéria. O título: "Quanto custa ser do bem - Restaurantes investem em medidas verdes e ecologicamente corretas". Já sei, já sei, vocês vão dizer que eu pego no pé da Veja Rio, não é? Mas olha só, acompanha comigo. Os caras dizem que a Casa de Cultura Laura Alvim é acessível (favor conferir o post "Vá ao teatro (e me chame)"). Outra casa que, segundo a revista, possibilita acesso para deficientes físicos é a Chez Younes. A gente já foi lá. A comida é ótima, o preço também (pede o rodízio), os funcionários são atenciosos, só não tem acessibilidade - tremendo degrauzão na entrada, sem banheiro e mesas juntinhas demais umas das outras. Eu não sei quais são os critérios que esse pessoal usa para estampar em suas páginas aquela cadeirinha como símbolo. Só acho que acessibilidade não é uma questão de ser do bem, e sim de cidadania. O artigo na verdade se resume a uma arte esquematizando o custo de adequar um estabelecimento com medidas desejáveis, politicamente corretas. Se você está pensando em abrir um restaurante, pare de ler esse post agora mesmo.
Se continuou por aqui, imagino que não pretende virar empresário, é muito rico ou muito curioso. Pois bem então: um elevador para cadeirantes sai por 25.000 reais (mensais), impressão de cardápio em braile, 4.000 reais cada e um banheiro adaptado custa 6.000 reais. Agora me diz: essa revista é ou não é meio sem noção?
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